segunda-feira, 19 de abril de 2010

Saudades da juventude

Olá amigos! Estou de volta a escrever neste espaço. Por falta de tempo mesmo, deixei de postar algumas ideias interessantes que por muito tempo me vêm à cabeça. Agora, com mais calma, colocarei alguns temas em voga para, caso queiram, discutirmos o assunto.

Não irei escrever nada muito complexo nem muito longo. Fato é que, alguns assuntos merecem destaque em rodas de amigos, mesas de bares e assim por aí vai. Esses dias, lendo Ricardo Noblat, A arte de fazer um jornal diário – para uma das minhas disciplinas na facul – me veio uma reflexão.

Em certa passagem do livro, Noblat diz que nos anos 60 a redação só tinha jornalistas de cabelos grisalhos. E, pede perdão aos mais jovens por terem nascidos depois. Na verdade, ele não sabe de quem é a culpa: dos jovens, por terem nascidos tempos depois? Ou dos “velhos” por nascerem antes?

Bom a discussão é a seguinte: Diz ele que nós, jovens, somos tão jovens que não tivemos com o que discutir ao longo dos anos. Nenhuma luta armada, nenhuma briga política, nada. E o pior: ele tem razão.

Para não dizer que não brigamos com nada nem ninguém, tivemos lá em 92, o Impeachment de Collor. Ou ainda, os populares suplicando pelas diretas já! em 84. Mas os jovens que lutaram nestas campanhas não são os “velhos” do alto dos seus 40 ou 50 anos de hoje? Quem veio ao mundo depois de 85 – ano que pôs fim à ditadura – era pequeno demais para entender do assunto. Eu por exemplo, hoje, recorro a livros sobre história para saber o que foi o Brasil que vivo – acredito que você já fez ou ainda vá fazer isso também.

Na verdade, eu queria mesmo é poder participar de todos os movimentos que fizeram parte da história – nem todos, claro. Só os que eu tivesse o mínimo de idade para fazer – Queria estar Ali, presente. Contra todos e contra ninguém. Não de uma simples e mesquinha campanha contra os Royalties que, em ano eleitoral, soa – e muito bem – para o governo. Isso não. Imagine passar décadas em branco? Sem aos menos uma história se quer? Quero ter o que contar para meus filhos e netos. E não apenas mostrá-los, daqui a 15 ou 20 anos, os mesmos livros de histórias com as mesmas figuras dos quais li.

Caso contrário, não teremos saudade alguma de nossa juventude.

Um forte abraço.